Brasília, um festival de autor

Crédito: Junior Aragão.

O público do festival na cerimônia de abertura: filmes com pesquisa de linguagem. Crédito: Junior Aragão/Divulgação.

Por Ivonete Pinto (RS)

O programa de incentivo à produção autoral, através do edital Ancine/SAv lançado no dia 30 de setembro, só confirma que este segmento do cinema nacional vai ficar mais fortalecido. O edital de 22 milhões de reais vai premiar longas de ficção e documentários que investem na pesquisa de linguagem. A notícia reforça o direcionamento de Brasília em apostar em filmes deste viés.

A produção autoral contemplada pelos chamados editais de baixo orçamento precisa escoar, encontrar seu público, e provavelmente é um erro pensar que somente um ou outro festival deveria tomar conta dessa produção.

Este argumento surge no momento em que pensamos os resultados da edição 47 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde um eixo bem significativo dos debates ficou em torno da seleção de filmes de longa-metragem. A comissão de seleção (100% qualificada) direcionou claramente suas escolhas para produções radicais quanto à forma e a partir da repercussão desse direcionamento, especialmente na crítica, observa-se que a proposta dividiu opiniões. A contestação mais visível tem por pressuposto o fato de que já existe um festival para esses filmes, que é Tiradentes.

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