Lumen | Um festival em busca de sua identidade
Por Luiz Baez | A aurora de um novo festival desperta tanto entusiasmo quanto dúvidas que, em parte, podem ser respondidas por seu projeto curatorial.
Por Luiz Baez | A aurora de um novo festival desperta tanto entusiasmo quanto dúvidas que, em parte, podem ser respondidas por seu projeto curatorial.
Por Marcelo Müller | Festivais ocupam espaços físicos e virtuais com cultura, são acontecimentos que envolvem comunidades enquanto compartilham vivências em torno dos filmes.
Por Marina Costin Fuser | Cada pérola apresenta um universo Outro, de um grito dos excluídos que ganhou ressonância pela potência fílmica, pelo conjunto da obra e sua capacidade de mobilizar afetos.
Por Natália Bocanera | Una casa con dos perros, que não esconde trabalhar com metáforas, carrega na figura dos cachorros o sinônimo do próprio abandono. Nesse contexto, Manuel e La Tati são, de fato, os animaizinhos, desassistidos naquele lar que respira por aparelhos.
Por Thiago Henrique Sena | Um viva ao Cine Ceará, por sua resistência e coerência ao longo dos anos, e um viva ao cinema cearense, complexo e humano.
Por Celso Sabadin | Como classificar “documentário” numa única caixinha, posto que o gênero se abre nas mais diversas possibilidades? Em outras palavras, pra que tudo isso, se nem prateleira de videolocadora existe mais, pra justificar tais divisões?
Por Eduarda Porfírio | São diálogos difíceis que mostram como os traumas da colonização ainda estão presentes nas famílias sul-americanas, quer sejam do Equador ou do Brasil.
Por José Geraldo Couto | O 58º Festival de Brasília foi um evento histórico não apenas pela força dos longas e curtas da competição principal, mas também – e talvez principalmente – pela vitalidade de sua programação paralela.
Por Gabriel Pinheiro | A força do curta fica no encontro entre o pessoal e o coletivo. O que começa como relato de uma vida marcada pela violência se transforma em retrato de uma época.
Por Arthur Gadelha | O 53º Festival de Cinema de Gramado foi grande o suficiente para me fazer deixá-lo com boas memórias, histórias e descobertas de um Brasil que, mesmo vestido de um jeito tão familiar, descobri nunca ter visto antes.
Por Raquel Carneiro | Em tempos de algoritmos ditatoriais, prontos a apontar a próxima maratona no streaming; e das redes sociais, que abriram espaços para opiniões emocionadas, dissonantes e rasas em 140 caracteres, o crítico de cinema se viu em um limbo.
Por Paulo Henrique Silva | A seleção trouxe trabalhos multifacetados, promovendo discussões que refletem questões no Brasil de hoje, além de serem completamente diferentes na maneira como conduzem suas narrativas.
Houve um ponto que se destacou nas obras selecionadas este ano para a 14ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba: a memória. Mais especificamente, a memória que foi registrada, pode ser encontrada, o arquivo.
Promessas de futuro que trazem retrocesso ou, como diria Cazuza, o futuro que repete o passado. Esse foi o tom dos questionamentos, especialmente em relação ao meio ambiente e também sobre aspectos sociais, apresentados pelos curtas-metragens na mostra Competitiva Brasileira do 14º Olhar de Cinema.
Ressignificando sem concessões um espaço de lazer ao revelar uma realidade oculta no mundo todo, o diretor Ricardo Alves Jr. mergulha a plateia na ritualização de toques.
Com direção de Ricardo Pretti e Bruno Safadi, “Para Lota” foi exibido durante a 28º Mostra de Cinema de Tiradentes, dentro da Mostra Autorias. O filme foi um dos mais diferenciados na seleção deste ano — e isso se deve pelo estilo e pela linguagem escolhidos pelos realizadores.
Tiradentes é uma experiência para o olhar, o novo do novo olhar que nos traga aguçando nossos sentidos mais imagéticos. Por isso, a Mostra de Cinema de Tiradentes tem despertado interesse internacional, o que leva a maior participação de filmes nacionais em mostras e festivais estrangeiros.
Vladimir Carvalho nos deixou um pouco antes do evento no qual sempre marcou presença. As homenagens e os depoimentos tocantes de amigos e amigas, de Walter Carvalho, seu irmão, e de pessoas que ele tocou com seu sorriso e sua atenção mostraram que os grandes homens são esses que gostam de gente, que não miram só no sucesso, nem ele lhes sobre à cabeça.
O 19º Fest Aruanda encerrou o calendário de festivais nacionais, consolidando o que já sabemos ser um momento de efervescência do cinema brasileiro, pelo menos desde que atravessamos a pandemia da COVID-19 e um governo tenebroso, cujo objetivo incluía o desmonte da cultura e do audiovisual.
Uma das coisas mais perceptíveis na curadoria foi a de selecionar filmes realizados em “caráter de urgência”. Uso essa expressão para me referir a filmes que num primeiro momento prescindem de acabamento formal, floreios estilizados que muitas vezes camuflam mensagem de fundo. Mas que, justamente por que realizados em “regime de urgência”, revelam-se como registros, como alertas, como apelo para a necessidade de engajamento à causa ambiental.