Entre os dias 03 e 12 de novembro foi realizado o X Janela Internacional de Cinema do Recife. O júri da crítica organizado pela Abraccine, formado por Angela Prysthon, Breno Pessoa, Bruno Carmelo, Carol Almeida e Pedro Azevedo elegeu o longa-metragem “Que o verão nunca mais volte”, de Alexandre Koberidze como melhor do festival.
Justificativa:
O filme traz uma experimentação narrativa que aposta alto em outras possibilidades de contar uma história. Essa aposta se dá a partir de uma representação das coisas muitas vezes pela ausência delas em cena, tais como o amor entre dois homens que não se tocam, a sensação de uma guerra no extracampo e uma narração que, ironicamente, não está tão convicta do que narra. Trata-se de uma história que nos arrebata tanto por um formalismo rigoroso na precariedade de suas imagens, quanto pela capacidade nos fazer mover para um horizonte de expectativas frustradas e de uma resposta a essa frustração com um senso de humor que beira o desconfortável, o que não deixa de ser o próprio estado das coisas no percurso histórico do Leste Europeu. Por todas essas qualidades, o prêmio Abraccine de Melhor Filme no X Janela Internacional de Cinema vai para Que o verão nunca mais volte, de Alexandre Koberidze.