Abraccine no 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

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De 28 de maio a 5 de junho foi realizado o 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. O Júri da Crítica coordenado pela Abraccine, formado por João Nunes (SP), Carlos Eduardo Jorge (PR) e Heitor Augusto (SP), elegeu o longa-metragem mineiro “A vizinhança do Tigre”, de Affonso Uchôa.

Crônica de um filme

Por João Nunes, do Correio Popular (Campinas) e membro do júri da Abraccine no 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

É quase impossível mergulhar no universo do documentário E Agora? Lembra-me, do português Joaquim Pinto, vencedor do 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, e não admirá-lo. Antes de vê-lo, entretanto, o espectador pode relutar ao ler a sinopse: homossexual com o vírus do HIV relata o próprio cotidiano durante nada menos que duas horas e 46 minutos. Tema e duração suficientes para afastar qualquer um que não esteja disponível para sair da comodidade de relatos mais amenos e com estrutura tradicional e encarar um filme que, a despeito do assombro que provoca, não alivia nem garante situações de conforto – muito pelo contrário. Para ler mais, clique: Cronica de um filme

vizinhanca tigreA vizinhança do tigre

Por Robledo Milani, do Papo de Cinema (RS)

O tigre está preso. O tigre está em todos os lugares. O tigre é eu e é você também. É aquele que todos conhecem e que a todos conhece, mas que ninguém vê – ou melhor, que somente é visto através dos olhos dos outros. A Vizinhança do Tigre é o nome do longa assinado pelo diretor mineiro Affonso Uchoa. Um filme que nasceu desconstruído, e foi se formando com o desenrolar dos cinco anos que levou para ser concluído. Um projeto longo, que precisou ser gestado com cuidado e atenção, até ganhar escopo e importância. Nascido de uma vontade de falar de si mesmo e do mundo através de um prisma muito particular, este é um trabalho sobre tudo e sobre o nada, sobre a vida na periferia e sobre aqueles que almejam mais, sem, no entanto, encontrar os meios adequados para tanto. Há muito a ser dito por trás de cada frame da produção. E, como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio. Para ler mais, clique: A vizinhança do Tigre

Forma

Por William Silveira, do Papo de Cinema (RS)

Em Forma, Ayumi Sakamoto, o seu diretor, confiou mais no público do que deveria. Com um filme de estreia com mais de duas horas e vinte minutos de exibição, composto por cenas lentas, Sakamoto conseguiu mais silêncio do que repercussão, mesmo com a premiação do júri da crítica, no Festival de Berlim. Para ler mais, clique: Forma

 O Sequestro de Houellebecq

Por Robledo Milani, do Papo de Cinema (RS)

Após o bem sucedido A Religiosa (2013) – exibido no Festival de Berlim e indicado ao César – o diretor Guillaume Nicloux volta às telas com uma obra original e provocadora: O Sequestro de Michel Houellebecq, exibido no Festival de Sydney e premiado como melhor roteiro no Festival de Tribeca, nos EUA. Este último reconhecimento, aliás, apresentou uma justificativa que é mais do que suficiente para explicar qualquer atenção ao longa. Senão, vejamos: “este roteirista teve a habilidade de reunir um fisiculturista, um cigano, uma prostituta e um mundialmente renomado poeta em algemas, juntos em uma mesa de jantar, e fez com que esta união não soasse estranha; quando a linguagem de um filme se desenvolve de maneira tão natural a ponto de fazer com que o espectador se esqueça que, de fato, havia um roteiro escrito pelo qual a trama se guiou, o autor deste texto merece um reconhecimento especial”. De fato, é difícil discordar destes argumentos. Para ler mais: O Sequestro de Houellebecq

Medo e Desejo

Por William Silveira, do Papo de Cinema (RS)fear and desire

Toda guerra tem uma alcunha, seja Vietnã, Coréia ou Napoleônica. Mesmo as que se pretendem gerais, como a Segunda, são a batalha dos seus protagonistas: o eixo contra os aliados. As guerras nos lembram onde aconteceram, quais os partícipes e, com isso, não nos enganam – nós nos enganamos. Se os interesses são particulares; as mortes são universais. Um espaço imaginário é o ambiente pelo qual se passa Medo e Desejo, longa de estreia de Stanley Kubrick. A geografia é desnecessária para situar-nos diante do grupo de soldados que conheceremos. Após a queda de seu avião em território inimigo, quatro militares evitam ser descobertos enquanto aguardam o resgate. Para ler mais, clique: Medo e Desejo

Balanço do 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

Por Heitor Augusto, da Revista Interlúdio (SP), e membro do júri da Abraccine no 3º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

Houve apenas um filme com aquela evidência que torna inevitável não notá-lo: E Agora? Lembra-me? (não elegível para o júri da crítica, do qual fiz parte, por já ter sido premiado em Recife). Houve um filme bom, A Vizinhança do Tigre (na revisão, suas qualidades aumentaram e ele ganhou mais solidez). Houve dois filmes interessantes e que quase são, A Revolução Zanj e Branco Sai, Preto Fica (pena que não encontrei tempo para escrever com mais vagar do filme, pois ele merece atenção). Para ler mais, clique: Balanço do 3o Olhar de Cinema

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