Por Guilherme Lobão
A Mostra Brasília desta 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro pode não ter apresentado grandes títulos, mas revelou potenciais e experimentos de linguagem que sopraram novo fôlego ao prêmio paralelo concedido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Antes, vale aqui uma curtíssima memória dos últimos anos da disputa entre produções locais.
No final da década passada, a aceitação de filmes em formato digital provocou dois fenômenos dentro da esfera do Festival de Brasília. Primeiro, a derrocada da sempre esfuziante mostra de 16mm. Segundo, o aumento expressivo de inscritos, devido à maior facilidade de produção.
Mas, com isso, a Mostra Brasília, que escolhia seus favoritos entre as produções locais na competição oficial e extraoficial, inchou. Eram filmes (sobretudo curtas) demais. Até em 2011 virar uma bagunça. Em todos os sentidos. A mostra deixava de ser exibida no Cine Brasília e era relegada ao Museu da República – à época com problemas sérios de projeção. A classe reunida brigou, protestou. Os horários também eram dos mais ingratos para as equipes e para o público. A maratona começava 14h30 e seguia até o fim da tarde. Com os atrasos, comprometia a agenda de quem tentava acompanhar a mostra competitiva (então marcada para as 19h).
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