Ausência
Por Carol Almeida (SP, convidada)
Não são poucos os realizadores brasileiros que nesses últimos anos têm explorado, com bem sucedida desenvoltura na direção de atores, a passagem narrativamente fecunda da adolescência para trabalhar com as descobertas dos primeiros conflitos existenciais e hormonais do ser humano. Com frequência, esses filmes se utilizam do ambiente escolar como um cenário inevitável (ainda que não central) para a construção dessa identidade que se ergue num espaço coletivo. Acontece com As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodansky, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, Depois da Chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes e Casa Grande, de Felipe Barbosa, vencedor do prêmio Abraccine este ano na Mostra de Cinema de São Paulo. Para ler mais, clique aqui
Solidão na metrópole e rito de passagem
Por Carlos Primati (SP, Convidado)
O ápice da 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo coincidiu com os momentos derradeiros da corrida eleitoral que decidiu quem ocuparia o cargo de Presidente da República pelos próximos quatro anos. E no coração da metrópole paulistana – na Avenida Paulista e arredores, onde se concentrou a central e o escritório da Mostra e as principais salas de exibição – respirava-se intensamente estes dois eventos. De certa maneira, esse clima de incerteza e de uma acirrada e polarizada disputa político-ideológica também apareceu refletido (involuntariamente ou somente na ótica deste crítico, admito) em alguns dos principais filmes do recorte de “novos realizadores” proposto pela Abraccine, e de cujo júri tive o prazer de fazer parte por meio de um convite especial. Para ler mais, clique aqui