Melhores 2017 – Martírio

martirio

O Melhor Longa Metragem Brasileiro de 2017 segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine foi Martírio de Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida, escolhido pelos associados entre todos os filmes exibidos em circuito comercial no país durante o ano.

Sobre Martírio (clique no nome para ler o texto completo):

“Há cinema que fala sobre resistência, há cinema que usa da resistência para falar sobre si mesmo e há aquele cinema cujo corpo inteiro – sua filmagem, montagem e exibição – é a resistência em si, um cinema que nasce com a tessitura do enfrentamento dentro e fora daquilo que ele enquadra.” Carol Almeida

“Trata-se do filme definitivo não apenas sobre o massacre dessa tribo, subgrupo contemporâneo dos índios Guarani, mas sobre a história de repressão que marca o convívio entre o homem branco e os povos nativos do continente americano.” Daniel Feix

“Um dos aspectos mais contundentes de Martírio está nas imagens de políticos – como uma comissão do Senado que tratou da discussão sobre a PEC 215, que traria para o Congresso a palavra final sobre demarcações de terras indígenas -, que demonstram à perfeição a gravidade desse conflito.” Neusa Barbosa 

“Expor a conjuntura histórica e acompanhar o cotidiano de penúria dos grupos acompanhados por Carelli seria a receita perfeita para o uso mais tradicional de formato documentário, no qual ele poderia ser facilmente confundido com uma grande reportagem televisiva. Porém, o diretor consegue deixar o produto final ter um formato simples, mas nunca um conteúdo e forma simplórios.” Susy Freitas

“Na construção dessa revisão histórica, Carelli também ressalta a tradicional personalidade generosa e espiritual daqueles índios, e a contrasta com o eterno abuso do branco no poder – político ou econômico – a partir desse voto de confiança dado pelos Kaiowá.” Luiz Joaquim

“Martírio pode ser considerado monumental, porque aborda a trajetória dos Guarani Caiová, desde o início da trágica história de seu relacionamento com os brancos, ainda no tempo do Marechal Rondon. Mas essa dimensão totalizante do filme desperta curiosidade acerca das outras histórias, provavelmente mais curtas e não menos interessantes, que devem ter marcado todo esse longo processo.” Luciano Ramos

“A importância de Martírio é fundamental, urgente. Para a conscientização da situação e para o conhecimento da injustiça que impera naquela realidade. É aqui, é Brasil, mas ninguém sabe muito bem o que, como e quando acontece. O filme vai fazer com que se saiba.” Cecilia Barroso

“Seus méritos são muito mais humanistas do que necessariamente cinematográficos. Pelo filme único e inimitável que é, pelo fato de que nunca se poderá copiá-lo ou refazê-lo, Martírio é um marco histórico não apenas no documentário nacional ou no cinema brasileiro, mas na história do humanismo.” Chico Fireman

“Poderosa denúncia do massacre dos guarani-kaiowás era tido, por parte da crítica, como “apenas importante por seu conteúdo”. Aos poucos foi mostrando que era bom também na feitura e na forma, tornando-se título incontornável sobre a dimensão política da questão indígena no Brasil.” Luiz Zanin 

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