“Moscou”, de Eduardo Coutinho, radicaliza na experimentação
Por André Dib
Ao final dos 78 minutos de Moscou, a reação estampada no rosto do público do Festival Paulínia de Cinema oscilava entre estranhamento e admiração. Não fosse o prêmio da crítica, sairia do festival de mãos abanando. Filme difícil. Até mesmo a parcela de cinéfilos e de iniciados nas artes cênicas, potenciais interessados pelo longa, terão dificuldade para acompanhar a narrativa fragmentada e obscura do novo trabalho de Eduardo Coutinho. Leia mais: André Dib
“Eu não fiz nada lá. É por isso que o filme foi penoso para mim”, Coutinho fala sobre Moscou
Por Paulo Henrique Silva
“Eu não fiz nada lá. É por isso que o filme foi penoso para mim. Geralmente eu trabalho”. Jogo de cena ou não, é assim que Eduardo Coutinho, um dos maiores cineastas brasileiros em atividade, sintetiza a sua parceria com o grupo teatral mineiro Galpão, cujo resultado chega hoje às telas de cinema com o título Moscou. Leia mais : Eu não fiz nada lá
Em ‘Moscou’, Coutinho radicaliza jogo de cena
Por Alysson Oliveira
Eduardo Coutinho é figura única no cinema brasileiro. Mais do que um documentarista, é um investigador. Seus longas, como Cabra Marcado Para Morrer (1984), Santo Forte (1999), Edifício Master (2002) e Peões (2004), nada mais são do que conversas ou, como diz o cineasta, pessoas contando histórias. Em 2007, no entanto, surpreendeu com um filme que parte de uma ideia simples para atingir resultados complexos, explorando uma fronteira tênue entre realidade e ficção ou, até mesmo, encenação. Trata-se de Jogo de Cena, no qual mulheres contavam histórias de suas vidas e/ou representavam episódios vividos por outras pessoas. Leia mais: Cineweb