Por Alysson Oliveira (SP)
O título “O Lobo Atrás da Porta”, primeiro longa de Fernando Coimbra, remete ao famosíssimo vilão da história de Chapeuzinho Vermelho, espreitando por uma fresta, esperando a hora de entrar em cena e atacar.
Perversidade é uma palavra que se aplica, sem limites, aqui. Trata-se de um filme perverso em vários sentidos. Primeiro, pela construção gradativa de sua tensão. Segundo, pela coragem de ir até as últimas consequências no enredo. E, por fim, pela meticulosidade com que o diretor sagazmente articula todo o conjunto.
Premiado em diversos festivais – entre eles Rio e Havana, no ano passado –, o longa começa de forma quase casual, sem indicar muito do que está por vir. Sylvia (Fabiula Nascimento) vai à escola buscar sua filha pequena, e a professora diz que uma vizinha já pegou a menina. A mãe apavora-se: “Como assim: uma vizinha?”. É a primeira pista de uma trama que, na cena seguinte, desloca-se para uma delegacia, onde um delegado (Juliano Cazarré) inicia uma investigação.
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