A Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), lamenta profundamente a morte do cineasta Carlos Reichenbach, de 67 anos, ocorrida ontem em São Paulo. Nascido em Porto Alegre e desde menino radicado na capital paulista, onde integrou a primeira turma da Escola Superior de Cinema São Luiz, Carlão, como era conhecido, desenvolveu na cidade a maior parte de sua carreira e se tornou um dos principais nomes do movimento dito marginal.
Entre seus 22 longas-metragens estão Filme Demência (1986), Alma Corsária (1994), Dois Córregos (1999), Garotas do ABC (2002) e Falsa Loura (2008), o último trabalho. Tinha o projeto de Um Anjo Desarticulado, que não chegou a realizar.
Carlão era nosso amigo. A maior parte dos críticos admirava sua obra e sua maneira generosa de ser, tão rara em nosso meio. De sua parte, ele nunca deixou de sublinhar a absoluta necessidade da crítica, do pensamento sobre o filme, sem o qual o discurso cinematográfico fica órfão e incompleto. Lembramos que o próprio Carlão, antes de ser cineasta, foi cinéfilo e crítico cinematográfico militante. A partir dessa experiência, compreendia e acolhia o nosso trabalho.
Vai fazer muita falta em nosso meio.
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