Dossiê Abraccine traz os filmes vencedores das principais premiações (fora de festivais) do ano: Oscar, César, BAFTA, Goya, London Critics’ Circle Film Awards, Critics’ Choice Awards, Independent Spirit Awards, Globo de Ouro.
Lady Bird foi um dos destaques da premiação do Globo de Ouro desse ano. A diretora Greta Gerwig não foi indicada, mas a obra foi a vencedora da categoria de Melhor Filme de Comédia ou Musical e a atriz Saoirse Ronan levou também o prêmio na categoria. Na categoria drama, o filme escolhido foi Três Anúncios para um Crime que também venceu o BAFTA.
Sobre Lady Bird (clique no nome para ler o texto completo):
“É possível, no entanto, esquecer que existem guerras e simplesmente aproveitar o frescor da personagem e embarcar no seu mundinho de dilemas banais sem maiores pretensões. Apenas relaxar e curtir porque, afinal, não são todos que querem mudar o mundo. E talvez aí esteja a chave que explique tanta adesão: pra que mudar o mundo?” Ivonete Pinto
“Sim, estamos diante de um doce e belo rito de passagem, com tocantes interpretações de Saoirse Ronan e Laurie Metcalf. Ambas são filha e mãe completamente críveis em seus embates emocionais em meio aos seus problemas do dia a dia.” Daniel Herculano
“Em maior ou menor grau, há quem se encontre ali na ânsia de sair de casa, na tentativa de ser outra pessoa, nas frustrações amorosas, discussões sobre a faculdade e a carreira e, até mesmo quem é unha e carne com seus pais, já passou por aquela situação em que a matriarca se mostra irredutível a suas desculpas para aumentar ainda mais sua culpa, ficando apenas na personagem central.” Nayara Reynaud
“(…) a partir de um relato que tem muitos elementos autobiográficos da diretora e roteirista, Greta Gerwig, que também é atriz conhecida e produtora. É isso, principalmente, o que faz com que o filme passe ao espectador uma sensação de autenticidade, que vai além dos clichês e dos elementos previsíveis que constituem a adolescência no gênero feminino.” Antonio Carlos Egypto
“Há verdade em Lady Bird, mesmo que seja a verdade da ficção. É fácil embarcar em seu universo e comprar suas personagens. Criamos empatia com todos por mais odiáveis que pareçam em determinados momentos. As próprias questões do roteiro parecem se antecipar pela naturalidade com que vão se desenrolando.” Amanda Aouad
“E algo que pode frustrar o espectador é que, no final, a protagonista não descobre todas as respostas – mas sim que esse processo de tentativa e erro é o que importa. É sua história sendo escrita – e os 18 anos não são uma linha de chegada, mas apenas o começo da corrida (“Lady Bird” tem uma sequência clara, “Frances Ha”, que Gerwig também escreveu).” Daniel Oliveira