De 06 a 13 de junho foi realizado o 7º Olhar de Cinema em Curitiba. Como de costume, lançamos agora o dossiê Abraccine com uma copilação da cobertura realizada por nossos associados.
Júri Abraccine:
“Já Shireen Seno concretizou com brio a velha máxima ‘quanto mais regional, mais universal’. No centro da trama, a pequena Yael de oito anos e vive com sua mãe uma relação dura e distante. O pai está mais longe ainda, na Arábia Saudita, supostamente a trabalho. A falta que aquele pai faz é suprida pela repetição, à exaustão, das fitas cassete que ele envia para a mãe. Aquela repetição faz todo sentido e aos poucos fantasia e realidade misturam-se e adensam-se através de fugas para o exterior.” Susana Schild
“Contos de fada, dramas fantásticos, a realidade dos excluídos, a difícil vivência das minorias, a ingenuidade – e a inteligência – infantil: os temas, em sua maioria universais, falavam com cada um de nós de formas distintas, porém igualmente ressonantes, independente de suas origens, linguagens ou intenções. O resultado, ao menos em um único e singular aspecto, era sempre o mesmo: a magia do cinema se fazendo presente.” Robledo Milani
“Em sua sétima edição, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba apresentou uma programação focada na pluralidade do cinema contemporâneo, além de exibir filmes clássicos e retrospectivas. Coube ao júri da Abraccine avaliar o melhor longa-metragem da mostra Competitiva, composta por dez produções de diversos países, entre elas, algumas já premiadas em importantes festivais ao redor do mundo. Esta seleção possibilitou um interessante passeio por culturas diversas e também reflexões construtivas sobre a linguagem audiovisual. A curadoria realizou um elogiável trabalho ao selecionar obras que alcançaram uma comunicação direta com o público, tendo apresentado narrativas envolventes e apostado em filmes de gêneros variados.” Vitor Búrigo
Entrevistas feitas pelo crítico no Festival:
Membros da Abraccine no Festival (Click no nome do crítico para ler o texto completo):
Uma resposta ao masculino tóxico
“Mais que selecionar produções, curadores constroem narrativas – uma história – ao montar a programação de um festival. E um dos melhores exemplos disso no 7º Olhar de Cinema de Curitiba aconteceu na noite de domingo, quando a dobradinha do documentário croata “Homens que Jogam”, seguida da ficção paraibana “Sol Alegria”, apresentou os melhores candidatos da competitiva até agora – e criou um interessante diálogo entre os dois”. Daniel Oliveira
Outros textos do crítico:
https://www.otempo.com.br/mobile/diversão/magazine/em-busca-da-raiz-perdida-1.1854397?amp
https://www.otempo.com.br/mobile/diversão/magazine/da-marionete-ao-experimental-1.1857552
Laços Entre Mulheres
“A sensação que permanece é de que, depois de 40 anos, as situações vividas continuam as mesmas e poucas mudanças aconteceram nas experiências das mulheres na sociedade. Uma delas relata que não é respeitada em seu trabalho no posto de gasolina, outra confessa viver constantes humilhações ao ser abordada na rua, uma latina não se sente representada pelos textos da revista. Se por um lado, a Ms. cumpriu seu papel de abrir algumas pontes de solidariedade entre mulheres e fechar a escuta de outras tantas, o que o filme faz é singular: permitir que cartas jamais publicadas ganhem concretude no presente, que tais narrativas intimas venham finalmente à tona por meio de corpos de outras mulheres que guardam as mesmas marcas, as mesmas dores. A sororidade agora se constitui na relação entre passado e presente.” Camila Vieira
Outros textos da crítica:
https://www.revistasobrecinema.com/o-mal-estar-da-branquitude
https://www.revistasobrecinema.com/tornar-se-heroina
https://www.revistasobrecinema.com/pequeno-mundo-proprio
https://www.revistasobrecinema.com/sao-minhas-memorias-de-infancia-mas
Filmes nacionais revelam rede de afetos no Festival Olhar de Cinema
“Primeiro longa nacional da Mostra competitiva do Olhar de Cinema, ‘Fabiana’ é um pequeno achado. A diretora Bruna Laboissière, acostumada a pegar carona nas estradas, desde sua Goiás natal, deparou-se um dia com Fabiana na direção de um caminhão de carga. Com 56 anos de idade, mulher trans, um amor em cada porto, Fabiana é uma personagem ímpar em meio a um ambiente tão masculino.” Rafael Carvalho
Outros textos do crítico:
http://atarde.uol.com.br/cinema/noticias/1967818-olhar-de-cinema-abre-programacao-discutindo-identidades-nacionais
http://atarde.uol.com.br/cinema/noticias/1968235-propostas-radicais-marcam-filmes-do-olhar-de-cinema
O falso movimento das utopias
“A despeito do mesmo caráter itinerante da obra de Filipa Reis e Miller, podemos dizer que produção de Mata é a própria antítese formal do primeiro. Aqui, cada plano é como um cerimonial do tempo, uma prova de fé na duração como imanência dos sentimentos e da memória. Em comum, aos dois filmes portugueses, um sentido grave e melancólico de desterritorialização.” Adolfo Gomes
Outros textos do crítico:
http://cabinecultural.com/2018/06/10/olhar-de-cinema-um-novo-encontro-com-a-noite-definitiva-do-cinema-de-horror/
http://janela.art.br/index.php/criticas/7o-olhar-de-cinema-de-curitiba-cronica-do-olhar-4/
http://janela.art.br/index.php/criticas/7o-olhar-de-cinema-de-curitiba-cronica-do-olhar-3/
Documentários são destaque no início do Olhar de Cinema
“Com uma câmera que está em todos os cantos, o documentário induz a empatia de seus espectadores, colocando-os nos mesmos lugares ocupados por estes personagens. E o faz de maneira esteticamente rica, diversificada, envolvente., também contando com a expressão musical destes trabalhadores, um de seus únicos desafogos. Foi um ótimo começo para a competição do festival.” Neusa Barbosa
Outros textos da crítica:
http://www.cineweb.com.br/filmes/filme.php?id_filme=6244
http://cineweb.com.br/noticias/noticia.php?id_noticia=4507
http://cineweb.com.br/noticias/noticia.php?id_noticia=4508
http://cineweb.com.br/noticias/noticia.php?id_noticia=4510
http://www.cineweb.com.br/noticias/noticia.php?id_noticia=4506