De 23 a 25 de novembro aconteceu a 24ª edição do Cine-PE. Rebatizado de Novo Cine-PE, adaptado por conta da pandemia Covid-19, o festival aconteceu de maneira virtual. O júri Abraccine, formado pelos críticos Maria Caú, Marco Tomazzoni e Júlio Bezerra, premiou os filmes Eu.Tempo e Memórias Afro-Atlânticas.
JUSTIFICATIVA
Curta-metragem
Por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine concede o prêmio de melhor curta-metragem a Eu.tempo, de Thaíse Moura.
Longa-metragem
Por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine concede o título de melhor filme para Memórias Afro-Atlânticas, de Gabriela Barreto.