Dossiê :: 45º Festival de Cinema de Gramado

201712499_2_IMG_FIX_700x700Com o apoio da Abraccine, a Accirs – Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, organizou o júri da crítica do 45º Festival de Cinema de Gramado que aconteceu entre os dias 16 e 25 de agosto de 2017.

Os escolhidos como melhores filmes foram As duas Irenes, produção goiano-paulista do diretor Fábio Meira, na categoria longa-metragem brasileiro; o argentino Pinamar, de Federico Godfrid, como melhor longa-metragem latino, e na categoria curta-metragem a produção carioca O quebra-cabeça de Sara, de Allan Ribeiro.

Essa semana, a Accirs divulgou em seu site o dossiê do Festival com textos dos críticos Danilo Fantinel, Cecília Barroso, Cristiano Aquino, Juan Pablo Cinelli, Suyene Correia Santos, Siliane Vieira e Ivonete Pinto demonstrando a diversidade das obras que passaram pela Serra Gaúcha.

Dossiê :: 45º Festival de Cinema de Gramado

“Nos 45 anos do Festival de Cinema de Gramado, a curadoria apresentou uma seleção de filmes bastante diversa em termos de gêneros fílmicos, temáticas, formatos narrativos, discursos e estéticas. Tão atento ao mercado quanto ao canônico e ao inovador, Gramado se mostrou multicultural e polifônico, espaço de vozes, cores, texturas e ideais.”

Danilo Fantinel, presidente do júri, crítico do portal Papo de Cinema, integrante da Accirs
Texto Completo: Festival multicultural e polifônico

“Em sua 45ª edição, o Festival de Cinema de Gramado destacou-se por uma seleção diversificada, com histórias e protagonismos variados. Mesmo com um certo desequilíbrio entre as mostras, estando as competitivas nacionais de longas e curtas-metragens muito mais apuradas do que a competitiva de longas estrangeiros, o saldo do evento foi positivo. Entre as produções que se destacaram, há pontos que se assemelham, como a construção apurada dos personagens e o uso do tempo da narrativa a favor deste desenvolvimento.”

Cecília Barroso, do site Cenas de Cinema, integrante do coletivo Elviras e da Abraccine
Texto Completo: O respeito ao tempo dos personagens

“O Festival começou com o filme hors concours, escrito e dirigido por Mauro Lima, João, o maestro, que conta a história real de superação do pianista e maestro João Carlos Martins em diferentes etapas de sua vida. Com excelentes atuações de Rodrigo Pandolfo e Alexandre Nero, a vida de João Carlos se desenrola na tela como uma melodia, por vezes desafinada, fora do tom, mas sempre nos envolvendo nesta sinfonia de uma vida de dedicação total a música.”

Cristiano Aquino, editor e apresentador do programa Fora de Foco do Canal 6 da Net, integrante da Accirs
Texto Completo: Surpresas e decepções em Gramado 2017

“Buena parte de los más interesante que ocurrió este año en Gramado tuvo lugar en su competencia de películas brasileñas. Tras pasar por la Berlinale, el film Como nossos pais (Como nuestros padres), de la cineasta Laís Bodanzky, resultó el gran ganador de la 45° edición, llevándose seis estatuillas, incluyendo las de mejor Película, Mejor Actor y Actriz y Mejor Director.”

Juan Pablo Cinelli, crítico do jornal Página 12 de Buenos Aires, pela Fipresci
Texto Completo: Películas brasileñas son lo más interesante en Gramado 2017

“A temperatura na Serra Gaúcha, durante os 10 dias em que transcorreu o 45º Festival de Cinema de Gramado, oscilou sobremaneira. Enquanto no primeiro final de semana, os termômetros chegaram a marcar 3º, nos últimos dias de evento, a temperatura ultrapassou a casa dos 22º, fazendo com que alguns desfilassem no tapete vermelho com figurinos mais despojados. Mas se o frio tentou congelar os ânimos do público no Palácio dos Festivais, algumas produções brasileiras projetadas nos primeiros dias de programação, como João, o maestro de Mauro Lima, Como nossos pais de Laís Bodansky e As duas Irenes de Fábio Meira, fizeram o contraponto, “esquentando” a plateia com suas histórias inspiradoras.”

Suyene Correia Santos, editora do site Bangalô Cult, integrante da Abraccine
Texto Completo: Personagens femininas tomam conta de Gramado

“O curta, que levou os prêmios da Accirs (Associação de Críticos de Cinema do RS) e do Canal Brasil na 45ª edição do Festival de Gramado, constituiu-se uma pequena pérola entre os concorrentes. Com apenas dez minutos, uma personagem, um cenário e um tema como guia, conseguiu o que muito longa não alcança: fala de preconceito de raça e gênero, expõe as condições precárias da vida de trabalhadores (Sara comenta com alguém no celular que mais uma vez terá que tomar banho de balde devido à falta de água em casa) e isto através de uma linguagem criativa. O filme prova, também, que é possível produzir algo inovador sem orçamentos polpudos.”

Ivonete Pinto, editora da revista Teorema, integrante da Accirs e da Abraccine
Texto Completo: Sara, o preconceito e o poder – publicado em 31 de agosto no site Calvero

“Há momentos em que o movimento é a única atitude possível. No curta Sob águas claras e inocentes, a câmera do diretor e roteirista Emiliano Cunha assume essa posição de inquietude protagonizando bem construídos planos sequência que acompanham os momentos derradeiros retratados. A sensibilidade da narrativa constrói um mosaico de sensações unidas pela força da despedida, da fuga, da melancolia, da redenção.”

Mostra Gaúcha – Prêmio da Crítica – Sob águas claras e inocentes
Siliane Vieira, do Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul
Texto Completo: Ensaio sobre a partida

 

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