Dossiê Abraccine traz os filmes vencedores das principais premiações (fora de festivais) do ano: Oscar, César, BAFTA, Goya, London Critics’ Circle Film Awards, Critics’ Choice Awards, Independent Spirit Awards, Globo de Ouro.
O Critics’ Choice Awards não premia apenas o melhor filme, mas traz categorias divididas por gênero como Melhor Filme de Ação, Melhor Filme de Comédia, Melhor Filme de Ficção Científica ou Terror, Melhor Filme de Animação. O Melhor Filme desse ano foi “A Forma da Água” que também ganhou o Oscar, assim como o melhor filme de Ficção Científica ou Terror foi “Corra”, que levou o Independent Spirit Awards. Por isso, aqui, trazemos o Melhor Filme de Comédia, “Doentes de Amor”, de Michael Showalter e O Melhor Filme de Ação, “Mulher-Maravilha”, de Patty Jenkins.
Sobre Doentes de Amor (clique no nome para ler o texto completo):
“É certo que volta e meia o conjunto aqui apresentado ou se mostra confortável demais, ou revela estar além das capacidades dele enquanto artista. Mesmo assim, só pelo esforço exigido o resultado já seria válido. E, assim, temos mais do mesmo, é claro, porém com cores diferentes e, por que não dizer, mais vibrantes.” Robledo Milani
“Doentes de Amor traz os bons diálogos e o humor típicos da comédia romântica – além de um bom elenco, com Ray Romano e Holly Hunter ótimos como os pais de Emily. Mas ao se centrar no personagem de Kumail – imigrante, paquistanês e muçulmano – foge de dois dos aspectos mais datados e problemáticos do gênero: a premissa da mulher que vive em função de encontrar o amor; e a brancura desbotada e incômoda de seus elencos.” Daniel Oliveira
“Os diálogos são ágeis e possuem um ritmo próprio que vão nos envolvendo. Rimos do absurdo, rimos das piadas, rimos das situações mais bobas como o acordar no meio da noite para ir ao banheiro. Vamos nos afeiçoando às personagens e torcendo por elas, compreendendo seus mundos e seus sentimentos.” Amanda Aouad
Sobre Mulher Maravilha (clique no nome para ler o texto completo):
“No entanto, há o êxito da obra em colocar qualquer espectador naquele mesmo lugar da Diana, a sentir como se estivesse em suas trincheiras diárias: lutando dia após dia para sustentar a sua família, batalhando por um emprego em tempos de crise, combatendo aqueles pequenos descasos e grandes injustiças do cotidiano para fazer valer os seus direitos…” Nayara Reynaud
“Num outro recado feminino, mas sutil, nesse belo trabalho, vemos a heroína, a certa altura, preste a matar a vilã Dra. Maru (Elena Anaya) e, por uma circunstância do enredo, ela entende que a malvada, que é do seu mesmo sexo, é apenas mais uma vítima de uma circunstância maior.” Luiz Joiaquim
“(…) a DC finalmente acertou em um filme do seu ‘Universo Estendido’ de super-heróis. Não que isso seja uma grande façanha, porém, apesar de suas falhas, que são bem inferiores às suas qualidades, a coroa não podia estar em melhor mãos.” Daniel Herculano
“Ainda assim, Patty Jenkins, Gal Gadot e seu filme cumprem o desafio que toda mulher conhece bem: fazer um trabalho (no mínimo) duas vezes melhor para ter metade do retorno – afinal, machistas mundo afora têm medo de que, caso vejam um longa protagonizado por uma mulher, seus pintos fiquem ainda menores e mais inúteis.” Daniel Oliveira
“Talvez por ser seu primeiro roteiro para o cinema, ele peca em algumas construções, principalmente diálogos expositivos e um terceiro ato com algumas escolhas questionáveis. Ainda assim, consegue uma curva-dramática satisfatória, com algumas surpresas boas no final. Lidar com a origem de uma personagem é sempre arriscado.” Amanda Aouad